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segunda-feira, 11 de abril de 2011

O assassino da Escola Municipal Tasso da Silveira era “O bobo da turma”.

A afirmação é de Bruno Linhares, 23 anos, ex-colega de Wellington, autor do massacre do dia 07 de abril, em realengo.
Em entrevista ao G1-Globo, Bruno Linhares, 23 anos, afirma ter sido ex-colega por dois anos (7ª e 8ª séries) de Wellington Menezes, o atirador suicida que, no último dia 07, matou 12 alunos (com idades entre 12 e 14 anos) na Escola Municipal Tasso da Silveira, escola onde estudou.
Figura 1 - Fonte: G1/Globo (click na figura para melhor visualização)
Wellington era um cara totalmente tranquilo, o bobão da turma, implicavam bastante com ele, zuavam ele de tudo o que é nome”, revelou Bruno na entrevista. Essa declaração confirma o que dissemos na postagem do dia 07, com o título Confirmados 12 mortos e 13 feridos no ataque em escola do Rio, ocasião em que afirmamos que, pessoas como Wellington e outros que cometeram a mesma atrocidade, principalmente nos Estados Unidos, sofrem de algum tipo de distúrbio mental ou foram vítimas de bullying. No caso do assassino da Tasso da Silveira, o jovem pode ter pertencido às duas categorias, pois, ainda de acordo com a reportagem, o principal objetivo das investigações, é traçar o perfil psicológico de Wellington, já que ele nunca teve passagem pela polícia e há a suspeita de que ele pudesse ser esquizofrênico, doença mental que pode ter sido herdada de sua mãe biológica.
Veja Infográfico divulgado no G1/Globo, ilustrando como aconteceu a tragédia
Figura 2 - Infográfico de como aconteceu a tragédia (click na figura para melhor visualização)

Isso nos leva a uma reflexão:
  • Se você é aluno(a) e comete o bullying contra alguém, pode estar contribuindo com a infelicidade de um colega. Muitas vezes a vítima de bullying entra em um quadro depressivo que o acompanha pelo resto da vida se não tiver um acompanhamento psicológico, chegando ao suicídio ou, como Wellington, ao assassinato de pessoas inocentes, antes do suicídio. Pense que um dia você vai ser pai/mãe, e que seu filho(a) poderá ser vítima de bullying ou de um massacre como esse e, pior, de uma vítima sua no passado.
  • Se você é aluno(a) e é vítima de bullying, não deve se acomodar. Denuncie, converse com seus pais ou responsáveis, cobre providências das autoridades competentes. O que está em jogo é a sua saúde mental, é a sua felicidade presente e futura, é a sua vida. O bullying deixa marcas na alma que dificilmente se apagam.
  • Se você é pai/mãe de vítima de bullying, não espere que o pior aconteça com ele(a). Acompanhe a sua vida, tanto escolar quanto social, tome providências contra os agressores, contribua para o alívio e a salvação de quem você ama. Embora no Brasil não haja uma lei federal contra o bullying, está em tramitação no congresso um projeto de lei que propõe que ações de combate ao bullying sejam detalhadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação que aguarda votação na Comissão de Educação. Não espere por sua votação, pois ela pode demorar ou nem vingar, mas use-a como forma de alertar aos agressores que suas ações podem ser consideradas crimes.
  • Já se você é pai/mãe dos agressores, oriente-os, alerte-os sobre as consequências do bullying para a vítima e o que pode acontecer se a sua vítima “surtar” ainda no presente. Converse sério com seu filho(a), pois os jovens são imaturos e não fazem as coisas por maldade, apenas por diversão, sem pensar nas consequências que seus atos podem gerar. Eles precisam de orientações, antes que venha acontecer algo pior.
  • E se você é professor/professora, fique atento aos atos de seus alunos. Muitas vezes, na ânsia de cumprir nossas obrigações quanto ao conteúdo a ser trabalhado com os alunos, fechamos os olhos, mesmo que involutariamente, e abrimos espaço para que o bullying aconteça.
Mas, se você não se enquadra em nenhuma das categorias acima, não fique calado(a) se tomar conhecimento dessa prática nefasta. Tome posição, ajude a vítima da melhor forma possível e alerte os agressores sobre o que o bullying pode causar. Isso será uma forma de demonstrar amor ao próximo.
"A não-violência não existe se apenas amamos aqueles que nos amam. Só há não-violência quando amamos aqueles que nos odeiam. Sei como é difícil assumir essa grande lei do amor. Mas todas as coisas grandes e boas não são difíceis de realizar? O amor a quem nos odeia é o mais difícil de tudo. Mas, com a graça de Deus, até mesmo essa coisa tão difícil se torna fácil de realizar, se assim queremos."
Mahatma Ghandi

2 comentários:

  1. ESSA IDÉIA É ÓTIMA. SE TODOS TIVESSE ESSA VISÃO, IBITITÁ SERIA DIFERENTE.

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  2. Podemos passar essa visão aos que nos rodeiam promovendo debates. Estamos muito acostumados a falar e pouco dispostos a ouvir, esse é um dos defeitos humano. O que precisamos é ter mais disposição para ouvir, pois é assim que descobrimos novas visões e podemos decidir o que é melhor para as nossas vidas, para aqueles a quem amamos e para o próximo. Penso ser assim que fazemos a vontade de Deus e, consequentemente, crescemos espiritualmente.

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