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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Profissão, professor: essencial para o desenvolvimento do país; historicamente desvalorizado no Brasil

Não há desenvolvimento sem investimento em Educação, todos nós sabemos. E o Brasil, quer “fazer mágica” para melhorar a qualidade do Ensino Público, ou a Educação continua sendo prioridade somente no discurso?

No dia 10 de janeiro, antes de sair do Ministério da Educação (pois irá concorrer à Prefeitura da cidade de São Paulo nas eleições deste ano), Fernando Haddad anunciou que, para 2012, o reajuste do Piso Nacional do Magistério deve ficar em torno de 22%, podendo chegar a R$ 1.450,00.

 

Na publicação Educação: Brasil x Chile? Fala sério, Haddad!, do dia 2 de novembro passado, foi feita uma crítica à comparação que o Ministro da Educação Fernando Haddad fez com o tempo de exposição ao conhecimento dos alunos brasileiros e chilenos e a relação da qualidade do ensino dos dois países. Essa publicação mostra uma tabela salarial em que, mesmo ficando em penúltimo no Ranking das remunerações dos professores nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2004 o professor chileno recebia, em média, o equivalente a R$ 1.760,00 mensais: mais de 21% superior ao novo valor do nosso piso, que deverá ser anunciado em fevereiro ou março, oito anos depois.


Na tabela da publicação acima citada, consta também a remuneração dos professores de Portugal, 16.848 euros por ano, o equivalente a, aproximadamente, R$ 3.092,00 mensais, considerando-se o 13º salário. Mas qual é a história da valorização do magistério em Portugal e no Brasil? Qual é a comparação dos salários dos professores e os demais profissionais em cada um desses países na atualidade? E no Brasil, existe algum outro estudo sobre a situação da Educação? Qual é a situação do professor ibititaense? As próximas publicações serão voltadas para estes questionamentos.

Para começar, tomaremos por base um artigo de Amanda O. Rabelo, Doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Aveiro (Portugal) e Pofessora Adjunta da Escola Superior de Educação Almeida Garret (Lisboa); um relatório da Comissão Especial do Conselho Nacional de Educação (CNE/CEB); e um Ranking dos salários no Brasil, divulgado pela revista Veja, com base em estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Veremos então, o que mudou em termos de valorização do magistério nesses dois países ao longo dos últimos anos.