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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Confirmados 12 mortos e 13 feridos no ataque em escola do Rio

Segundo reportagem do R7 Notícias, a Secretário Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro confirmou a morte de 10 meninas e 1 menino com idades entre 12 e 14 anos de idade - além do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos - e 13 feridos.
Wellington, um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira - palco da tragédia, em Realengo, zona oeste do Rio - aproveitou-se da comemoração dos 40 anos da escola, além do fato de nela ser conhecido, e afirmou que seria palestrante no dia de hoje. Por volta das 8 horas, o atirador invadiu uma sala de aula no terceiro andar da escola e ali cometeu o crime.
De acordo com o coronel Djalma Beltrame, comandante do 14º Batalhão, Wellington deixou uma carta de teor fundamentalista com frases desconexas e incompreensíveis, mencionando o islamismo e práticas terroristas e, pelo menos em trechos da carta divulgados no g1.globo.com, nota-se a distorção religiosa que ele faz do Cristianismo, além da demonstração de uma pessoa doente.
Pesadelos como esses, nos acostumamos a ver em outros países, principalmente nos Estados Unidos, mas no Brasil não. Esperamos que tragédias como esta não voltem a se repetir, principalmente por aqui, mas não devemos nos esquecer que pessoas como estas possuem algum distúrbio, mental ou psicológico. Distúrbios de ordem física, não se pode fazer muita coisa, mas de ordem psicológica, emocional, são distúrbios detectáveis e que, em muitos casos, possuem tratamento. Muitas vezes são causados na própria escola, através de bullying, que muitas vezes os alunos enfrentam sem apoio algum, nem mesmos dos profissionais da educação.
Pelo menos no Brasil, o caso torna-se mais sério, porque transferiu-se para a escola a responsabilidade da educação que o aluno não recebe em casa pelos pais. Soma-se a isso, que as escolas brasileiras adotam um regime de 5 aulas diárias de 50 minutos cada, com professores contando com péssimos salários, perdidos em salas de aula lotadas, sofrendo cobranças de atribuições que não lhes competem e que não forma, em sua maioria, capacitados, como lidar com alunos com deficiências (visuais, auditivas e mentais), com alunos que o Estado encheu de direitos e sem nenhuma noção de deveres e, para piorar a situação, sem autonomia alguma, que esse mesmo Estado tirou.
É preciso que a sociedade brasileira como um todo, se conscientize de que:
  • quem deve educar as crianças são os pais;
  • o verdadeiro papel da escola é o de transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade.

Enquanto a escola estiver com as atribuições de educar e transmitir conhecimentos, não fará bem feito nenhum dos papeis, pois os alunos ficam apenas meio período na escola, trocando de professores a cada 50 ou 100 minutos (quando tem a chamada aula casada ou dobradinha) e o resto do dia sabe Deus onde e fazendo o quê, com pais, em sua maioria, totalmente ausentes ou por causa do corre-corre que a da vida moderna impõe ou por que não quer ter a responsabilidade de cumprir o seu papel: o de educar. A sociedade precisa decidir: ou toma de volta para si a incumbência de educar seus filhos, ou exige que a escola seja de tempo integral, com professores preparados para a dupla função de educar e transmitir conhecimentos e, diga-se de passagem, muito bem remunerados.
Só espero que pelo menos as autoridades brasileiras acordem para os problemas da Educação e revejam as posições tomadas ao longo dos anos e que vem agravando as condições sociais. Antes que seja tarde demais.


“Prefiro perder a vida a tirar a vida de um irmão mas, que Deus me perdoe! Sentindo ameaçada a vida de alguém que amo, prefiro me condenar ao inferno. Se tiver oportunidade, prefiro matar ou morrer a passar o resto de minha existência física me martirizando por nada tentar.”
Prof. Ronaldo

Um comentário:

  1. São acontecimentos como esse que no faz repensar se a escola por si só é o local ideal pra intregar por completo a educação de nossas crianças.A quem culpar agora? os pais por não ter dado a atenção necessária, o algoz que em um surto paranóico atira contra seus poprios colegas.Sem querer apontar culpados,esse fato so demonstra mais um vez a precariedade a qual se encontra nosso sistema público.

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